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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Livro: O diário de Anne Frank.

Brasil.
Terça-feira, 06 de novembro de 2018.
00:00 a.m. (Horário de Verão.)

Foi em 2008 ou 09 que eu ouvi falarem sobre Anne Frank pela primeira vez. Foi na Tevê Brasil, num programa de entrevistas que eu vi uma mulher falar o nome dela e me interessei tanto por conhecer a pessoa citada, que eu anotei o nome da Anne Frank num papel para depois, quando eu tivesse oportunidade de acesso à internet em casa, pesquisar, e assim o fiz. Pesquisei e me interessei em ler o livro, o tal diário, e quando tive a oportunidade de lê-lo, quando vi um exemplar disponível, não pensei duas vezes em pegá-lo emprestado e realizar um desejo.
Li Anne Frank quando eu tinha 17 anos, em 2010, da biblioteca da escola onde eu estudava na época, porque eu tinha acabado de fazer a carteirinha da biblioteca e estava aproveitando, antes de eu ir embora da escola, pois só faltavam dois anos letivos para eu me formar no Ensino Médio e parar de frequentar a escola, para ler o máximo de livros que eu conseguia e os melhores, que eu julgava melhores, porque tinha ouvido falar ou eram dos gêneros que eu gostava de ler, porque já tinha lido outros livros de um autor e gostei ou porque eu simplesmente gostava do autor. Anne Frank é um símbolo da Segunda Guerra Mundial ao meu ver por causa do significado de seus escritos no diário, onde relatou a época da guerra e acontecimentos, são documentos históricos, de um pequeno período da história da humanidade. É também inspiração para muitas meninas e mulheres e principalmente para as que aspiram se tornarem escritoras como ela almejava e acabou se tornando uma grande autora do século XX. Anne Frank é empoderamento feminino, do tipo que diz mesmo sem dizer: "Meninas, mulheres, vocês podem tudo! Vocês podem qualquer coisa!" E por último: "Vocês não estão sozinhas na caminhada da vida!"

O diário de Anne Frank foi escrito em forma de cartas para uma amiga imaginária, a quem ela deu o nome de Kitty. Essas "cartas" foram escritas entre 12 de junho de 1942 (data de aniversário de 13 anos da Anne) e 01 de agosto de 1944. Anne faleceu em fevereiro de 1945, cerca de dois meses antes de tropas de soldados britânicos invadirem o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde ela e sua irmã estavam, e libertarem os prisioneiros.
Isso mostra o poder desses escritos perante os Céus e com a permissão de Deus, eu creio! Mas isso é até mesmo porque, pelo valor histórico que está contido nele, e por ter caráter didático, professores utilizam muito o livro O diário de Anne Frank (e não somente esse livro como também outros referentes à guerras, como ¨A mala de Hana¨ e ¨Escondendo Edith¨ (Edith, que foi uma sobrevivente da Segunda Guerra); pretendo fazer duas postagens separadas sobre esses dois livros, que também já li, mais à frente) em projetos pedagógicos, ou seja, em sala de aula, incentivando a leitura e também a escrita, a produção de textos, dos seus alunos, trabalhando ainda, na conscientização do Holocausto, para que os alunos entendam o que foi o Holocausto e que saibam que ele existiu, para que eles conheçam o que foi sob a perspectiva de uma menina de 13, 14, e mais tarde, 15 anos, idade aproximada desses alunos em relação à Anne. O diário de Anne Frank deve ser tido e encarado como um aliado para entendermos esse período da história humana e o grau com que algo como o Holocausto é capaz de devastar países, um país que seja, e destruir famílias, muitas famílias foram destruídas e fragmentadas durante esse período, um verdadeiro genocídio. E é preciso tocar nesse assunto, é preciso falarmos a respeito e estarmos sempre, sempre, tocando no assunto, com o intuito de que com essa conscientização, possamos mostrar o quanto isso foi ruim para pessoas do mundo inteiro, pois a Segunda Guerra Mundial, assim como a Primeira, teve impacto no mundo inteiro, países dos cinco continentes participaram destas duas guerras, daí os nomes delas, e o quanto isso atrasou os caminhos das pessoas, da humanidade, para que não se repita jamais, e pessoas como Hitler, que demonstram, ainda que minimamente, qualquer risco a um povo ou nação, nunca mais subam, nem sejam levadas ao poder!

Uma das coisas que mais me tocou quando eu li os manuscritos da Anne Frank, foi o romance que aconteceu entre a Anne e o Peter van Pels (sob o pseudônimo de Peter van Daan, no Diário de Anne Frank (1947, ano em que a obra foi publicada pela primeira vez.)).
Mas não sei se eles tivessem sobrevivido ao Holocausto, o amor e possível namoro dos dois teriam ido à frente e vingado, às vezes eu penso que foi só passageiro o que eles tiveram, que foi só enquanto e porque estavam confinados no "Anexo Secreto" que eles se envolveram amorosamente, porque não havia outras pessoas da idade deles, outro(s) rapaz(es) para a Anne e outra(s) moça(s) para o Peter com o(s) qual(is) pudessem viver um amor, um romance, um namoro. Não acho muito que se tivessem sobrevivido, os dois firmariam um namoro, viessem a se casar, ter filhos e permanecido juntos durante muito tempo ou até os dias atuais e ainda depois daqui. Quem sabe até quando eles e também os outros do confinamento teriam vivido se tivessem sobrevivido à guerra?! Sempre penso nisso! Sempre penso nisso quando se trata da morte precoce de alguém! Qualquer ser humano! Mas Deus é Quem sabe de todas as coisas!

Em uma passagem ou carta, datada de 21 de abril de 1944, uma sexta-feira, Anne Frank escreveu sobre a chegada dos 18 anos da Princesa Elizabeth de York, a quem hoje conhecemos por Rainha Elizabeth II. Eu não sou fã da família real inglesa ou britânica, sou até contrária à existência de famílias reais, reinados, principados e essas coisas todas (porque eles enriquecem e acumulam riquezas do mundo todo para si em seus castelos enquanto a população "comum" segue pobre, ignorante, com uma vida atribulada em sua maioria e até morre de fome, ao mesmo tempo em que o reinado vive uma vida luxuosa, tranquila, cheia de pompa e fartura), mas achei uma interessante passagem no diário de Anne Frank.
Nesta época, ano de 1947, a Rainha ainda era solteira, e hoje, na década de 2010, a gente vê a família que ela formou, os filhos, o príncipe Charles, um deles; os netos, os príncipes William e Harry; e agora os bisnetos, George, Charlotte e Louis Arthur, do casamento do William com a Kate Middleton, que se uniram em 2011, e agora, em maio deste presente ano de 2018, podemos acompanhar o casamento do Harry com a atriz Meghan Markle, que já serão mamãe e papai com a chegada do primeiro bebê que a Meghan espera, notícia que saiu aí por esses dias após cerca de cinco meses de casamento.:

Sexta-feira, 21 de abril de 1944.

Querida Kitty,

Ontem à tarde fiquei de cama com dor de garganta, mas, como não estou mais com febre, hoje já me levantei. É o décimo oitavo aniversário de Sua Alteza Real, a princesa Elizabeth de York. Diz a BBC que não será declarada ainda sua maioridade, embora seja este o costume com os filhos das casas reais. Ficamos a nos perguntar com que príncipe se casará essa beldade, mas não encontramos nenhum que lhe sirva. Talvez sua irmã, a princesa Margaret Rose, case com o príncipe Bauduíno, da Bélgica.
Aqui acontece um desastre em cima de outro. Mal foram reforçadas as portas da rua, e tornou a aparecer o homem do depósito. É bem provável que tenha sido ele o ladrão da farinha de batata e queira pôr a culpa em cima de Elli. O Anexo Secreto em peso está de novo em rebuliço. Elli está por conta da vida, de raiva.
Quero mandar uma de minhas histórias para um jornal, para ver se a aceitam, sob pseudônimo, é claro.

Até a próxima, querida.
Sua Anne.

Já li e já estou querendo adquirir o meu próprio exemplar para tê-lo por perto sempre que eu quiser consultar ou reler os encantadores relatos de Anne Frank, e porque acho que já estou precisando fazer a releitura mesmo!

Entre tantas frases e pensamentos maravilhosos que ela produziu e escreveu no diário, eu gostaria de citar ou destacar aqui, este:

¨Todo mundo tem dentro de si um fragmento de boas notícias.
A boa notícia é que você não sabe quão extraordinário você pode ser! O quanto você pode amar! O que você pode executar! E qual é o seu potencial!¨
Anne Frank (1929-1945).

(Imagem: O diário de Anne Frank - Edição definitiva, editada por Otto Frank e Mirjam Pressler/Capa dura.

Uma curiosidade envolvendo O diário de Anne Frank, é que em algum momento durante os 27 anos em que esteve preso, Nelson Mandela também leu e foi um leitor do diário transformado em livro. Ele disse que tirou da leitura do livro, forças, para lutar contra o Apartheid em seu país.

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Vamos manter viva a memória de Anne Frank, realizando assim o desejo dela:

¨Não quero que a minha vida tenha passado em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte!¨

Beijo! 😘

~Cartas da Gleize. 🎔