Brasil.
Sexta-feira, 07 de maio de 2021.
05:29 da tarde.
Sexta-feira, 07 de maio de 2021.
05:29 da tarde.
Okay. Eu julguei que eu não conseguia escrever a curto prazo e de modo forçado, sob pressão. Eu estava falando sobre os concursos literários, que têm limite de extensão de texto e prazo de entrega, quando afirmei isso nessa postagem aqui no blog, há quase 2 anos, em 2019: 26. Mas julguei errado, eu me enganei. Num momento de desespero e dor eu arrisquei e me inscrevi em alguns concursos literários nesse ano de 2021 e ao tentar elaborar os textos e contos para participar eu me superei e me surpreendi com os meus resultados.
Eu só não consigo ainda escrever para aqueles concursos cujos temas já são preestabelecidos pelos organizadores. Eu me dou melhor nos concursos literários cujos temas são livres, pois isso me permite e eu tenho uma liberdade maior para criar.
E aqueles concursos de contos que vêm com a quantidade de páginas estabelecidas? São sempre tão difíceis para mim... pois não gosto de trabalhar com limite de extensão de texto. Quando eu quero escrever uma história do gênero romance, conto ou novela, por exemplos, eu já começo sabendo que aquele texto será um romance, um conto ou uma novela, e conhecendo o limite de extensão que define cada gênero como sendo um romance, um conto ou uma novela, mas não é disso que eu estou falando e não é esse o meu problema. Quando eu me proponho a escrever um texto a partir do gênero escolhido eu escrevo com a consciência de que há um limite de extensão, uma quantidade de palavras, que demarca cada gênero, mas mesmo que o limite de extensão delimite cada gênero ainda é possível escrever livremente e quanto a isso eu não tenho problemas. Eu estou falando que o meu problema é com a quantidade de páginas estabelecidas pelos concursos de contos, que geralmente são de 5 a 8 páginas, no máximo. É difícil para mim elaborar algo em tão poucas páginas, fora isso, só os microcontos. Com os microcontos eu me dou superbem. Sou mais íntima dos microcontos do que dos contos. Os minicontos ainda são para mim um espaço de campo a ser trabalhado, experimentado. Por isso eu me dou melhor com os romances do que com os contos, porque, assim como disse a Ana Beatriz Brandão, uma escritora cuja carreira eu admiro muito, numa entrevista, eu não consigo ser sucinta nos meus textos. E, no meu caso, se eu tentar, transbordo (nas palavras). Gosto do texto completo, bem explicadinho. E eu acredito que é isso que faz um livro de sucesso. A quantidade de palavras que definem as novelas, os romances, os épicos ou as sequelas são um campo exorbitantemente maior e mais livre do que a quantidade de páginas exigidas nos concursos literários de contos. Nem se compara.
Têm concursos literários que pedem mais do que apenas um ou dois contos soltos, pedem livros completos, contidos de vários contos ou poemas. Romances e novelas também são selecionados em concursos de literatura. Então os escritores têm de estar preparados para isso. Sempre terem um trabalho pronto e inédito para quando surgirem essas oportunidades não ficarem de fora! Para que possam participar e competir!
Gostaram do texto? 🙂
~Cartas da Gleize. 💌💕
Olá, Rose!
ResponderExcluirSendo sincera, eu não sou uma autora explicativa, prefiro deixar o tão falado "show don't tell" (mostre, não conte), então eu sempre tendo deixar algo implícito o que faz com que eu seja uma pessoa menos explicativa, que descrevo pouco, até mesmo para deixar o leitor a pensar e a imaginar por ele mesmo. Para algumas pessoas não é um tipo de escrita bom, mas vai da opinião de cada um.
Sobre os concursos com tema preestabelecido, eu prefiro esses, porque se tiver tema livre eu nem faço a menor ideia por onde começar haha! E no fim não participo porque demorei muito tempo a pensar. Mas admiro quem consegue escrever sob tema livre.
Bom fim de semana!
Oi, Diana!
ExcluirNa verdade a parte em que eu falo de um texto bem explicadinho e completo, eu estava pensando e querendo dizer sobre aqueles textos que têm ideias concluídas, frases completas, ao contrário daqueles textos que parecem incompletos, com ideias mal-desenvolvidas, que a gente sente que ficou faltando dizer alguma coisa no final da frase, com frases e palavras soltas ali dentro, sem a presença de frases com palavras que se liguem ou interliguem, tocando aqui no assunto da coerência e da coesão textual também, sem que isso afete ou prejudique a parte do "mostre, não conte" e revele todas as informações da história. Quanto mais eu leio e escrevo mais eu tenho essa percepção. Mas isso do texto com frases completas e claras vai de cada um também, claro que não é toda escrita que se faz assim e não é uma regra para a escrita literária.
E é bom conhecer o seu posicionamento e ponto de vista sobre os temas dos concursos. Comigo acontece ao contrário mesmo. Ao idealizar a escrita de uma nova história eu sempre fico meio perdida, sem saber por onde começar, mas achando o fio da meada, e sendo através de um tema de livre escolha, eu vou tranquila; naturalmente me perdendo aqui, me encontrando ali, e assim eu vou, me perdendo e me reencontrando muitas vezes até chegar ao fim.
Obrigada pela visita e contribuição de comentário. É sempre muito bom receber a sua visita por aqui. Para dizer a verdade, animador! Boa semana!