Brasil.
Quinta-feira, 04 de dezembro de 2025.
05:00 da tarde.
No mundo da ginástica artística enquanto a ginasta Mélanie de Jesus dos Santos está padecendo com a falta de patrocínio, a ginasta Kaylia Nemour vive a sua glória e colhe os frutos de ter sido bem-sucedida na última Olimpíada, a de Paris em 2024, por ter 'se classificado para a final das barras assimétricas em primeiro lugar, bem como para a final geral. Durante a final do individual geral, Kaylia marcou 55.899 e terminou em quinto lugar na competição, a colocação mais alta para uma ginasta africana em uma final geral olímpica. Durante a final das barras assimétricas, ela obteve uma pontuação de 15.700 para ganhar a medalha de ouro à frente de Qiu Qiyuan e Sunisa Lee. Ao fazê-lo, ela se tornou a primeira ginasta e muulher do continente africano a ganhar uma medalha de ouro olímpica na ginástica, bem como uma medalha olímpica de qualquer cor na ginástica.' - Fonte: Wikipédia - Kaylia Nemour.
“Sem o apoio financeiro de marcas a ginasta francesa Melanie De Jesus Dos Santos revela uma realidade um pouco dura que seguiu após os Jogos de Paris 2024. Em entrevista à RTL, a ginasta de 25 anos afirma se sentir “abandonada” pelos patrocinadores e pela Federação Francesa de Ginástica.
“Hoje, não tenho nada!”, antecipou a atleta. Após um período afastada das competições desde os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a ginasta francesa falou sobre a situação precária que enfrentará quando seus contratos de patrocínio terminarem. Relutantemente, depois de um período difícil, ela retornou à ginástica.
“Bem, não exatamente nada, mas é diferente de antes das Olimpíadas. Antes dos Jogos, eu tinha a sorte de contar com um excelente apoio. Eu era patrocinada pela Dior, LVMH, Adidas e Venus. Tinha muito apoio. Depois dos Jogos, era esperado que alguns contratos terminassem. Você se sente um pouco sozinha, como se não tivesse mais apoio. Você se sente abandonada, passa de tudo para nada.”, relatou Melanie.
As críticas da atleta vão muito além da simples ausência de patrocínio. Ela destaca que “não dá para viver só de ginástica. ” Hoje moro com meus pais, graças a Deus. Não tenho condições de alugar um apartamento agora. Atualmente, trabalho para o Crégym (Comitê Regional de Ginástica da Martinica), então tenho um contrato de trabalho e ganho a vida.”, explicou.
Melanie de Jesus dos Santos optou por fazer uma pausa na sua carreira desportiva para preservar a sua saúde mental, devido à preparação intensa para os Jogos e à decepção após a sua participação. “Mesmo que eu não quisesse voltar para a ginástica, o que eu faria? Não conheço o mundo do trabalho, nunca trabalhei. Nunca me senti uma pessoa normal. Quando você é atleta, você não é normal. Não sei do que gosto e não sei que tipo de trabalho quero ter, então talvez eu tenha que me forçar a voltar para a ginástica porque é a única coisa que sei fazer.”, acrescentou ela à RTL.” - Gym Blog Brazil no Instagram.
"Mon livre sort aujourd’hui et je suis tellement fière de pouvoir enfin partager mon histoire avec vous ✨
J’y ai mis mon coeur, mes souvenirs, mes blessures, mes victoires.
Vous verrez ce qu’il y a derrière une médaille, derrière un sourire, derrière les podiums…
J’ai traversé des moments incroyables mais aussi des chutes qui m’ont appris à me relever.
Et aujourd’hui je suis championne olympique et championne du monde à 18 ans, première femme africaine à décrocher ce titre... et ça me paraît encore fou !
Rien de tout ça n’aurait été possible sans ma famille, mon équipe, et vous qui me soutenez depuis le début.
Merci infiniment,
Je vous aime fort 💛" Tradução: "Meu livro foi lançado hoje e estou muito orgulhosa de finalmente compartilhar minha história com vocês. ✨
Coloquei meu coração nele, compartilhando minhas memórias, minhas lesões e minhas vitórias.
Vocês verão o que se esconde por trás de uma medalha, por trás de um sorriso, por trás dos pódios…
Vivi momentos incríveis, mas também contratempos que me ensinaram a me reerguer.
E hoje, aos 18 anos, sou campeã olímpica e mundial, a primeira mulher africana a conquistar esse título… e ainda parece inacreditável!
Nada disso teria sido possível sem minha família, minha equipe e todos vocês que me apoiaram desde o início.
Muito obrigada, amo muito vocês 💛" - Kaylia Nemour no Instagram.
Mas por que do contraste entre as duas estrelas?
Kaylia Nemour é uma ginasta campeã de cidadania francesa e argelina por seu pai ser natural da Argélia, um país na África, nascida e criada na França em 30 de dezembro de 2006. Para as Olimpíadas ela tentou treinar e competir pelo time francês, pelo qual foi rejeitada, não desistindo então de seguir seu sonho e optando por competir pela bandeira do país de seu pai, a Argélia, alcançando a fama, a glória, o sabor da vitória e conquistando uma medalha de ouro e a primeira medalha de ouro, aos 17 anos de idade, como ginasta para o país africano, deixando a França de queixo caído por ter perdido tão potencial atleta. ✨ Hoje ela está lançando o seu primeiro livro, intitulado, originalmente em francês, L'ombre de L'or, A Sombra do Ouro. E a Mélanie de Jesus dos Santos é uma atleta (também campeã) francesa com raiz paterna brasileira nascida em 05 de março de 2000, que competiu pelo time francês na mesma Olimpíada de Paris que a Kaylia em 2024, não conquistando nenhuma medalha.
Apesar de ter raíz africana, Kaylia Nemour é branca e apesar de francesa Mélanie de Jesus dos Santos é negra, embora Kaylia também tenha a sua história de sofrimento até alcançar o sucesso e a fama. Estamos falando de racismo no mundo do atletismo, da ginástica artística, e precisamos falar sobre isso também.
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