Brasil.
Sexta-feira, 05 de agosto de 2022.
03:03 da tarde.
Quanta gente sonhou em ir ao Programa do Jô como entrevistada?
Eu sonhei. E até me imaginei lá algumas vezes. Primeiro como atriz e depois como escritora. Sentar no famoso e tão cobiçado sofá do Jô.
Mas agora já não será mais possível. Há 5 anos, desde dezembro de 2016, que já não é mais possível. Primeiro porque tiraram ele do ar. Não foi do querer dele sair. Não foi de comum acordo. Mandaram ele embora e pronto. E ele ficou triste por isso. Foi ficando cada vez mais triste; porque primeiro foi a morte do único filho e depois a demissão. Segundo porque agora ele faleceu.
Podemos dizer que a demissão dele foi de certa forma uma forma de censura? Sim, podemos dizer que a demissão dele foi de certa forma uma forma de censura. Porque, democrático como era ou procurava e tentava ser, pelo menos, o Jô não levava fascistas para sentarem no sofá dele e serem entrevistados! E isso não é uma afirmação, é uma exclamação. Só levava gente animada e interessante e não o contrário, como o atual apresentador que o substituiu, e de quem já falei e critiquei em meus blogs!
Enfim. Quem foi ao Programa do Jô foi. Que não foi não irá mais, não terá outra chance.
Descansa em paz, Gordo! 🌹
É isso. Hoje de madrugada faleceu o ator, humorista, músico, dramaturgo, diretor teatral, escritor e apresentador Jô Soares, aos 84 anos, que estava internado desde o fim do mês passado para tratar de uma Pneumonia.
Na literatura, Jô Soares deixa os títulos:
- Os dilemas do Fantasma e do Capitão América (1972) — capítulo no livro Shazam!, de Álvaro de Moya
- O Astronauta Sem Regime (1983)
- Humor Nos Tempos do Collor (1992)
- A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994)
- O Xangô de Baker Street (1995) [Esse deve ser o seu livro mais famoso, tendo sido adaptado para o cinema com título homônimo.]
- O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998)
- Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005)
- As Esganadas (2011)
- O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 1 (2017)
- O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 2 (2018).
No dia 13 de maio de 2020 eu escrevi num dos meus cadernos de anotações o seguinte sentimento sobre o filme O Xangô de Baker Street, após tê-lo assistido primeira e segunda vez (não inteiramente):
Filmes como O Xangô de Baker Street a gente só precisa assistir o começo e o final, que entendemos tudo. Da primeira vez que o assisti, no Corujão da Globo, e claro, numa madrugada, em 2019, eu peguei o filme já pelo meio e vi até o final. Da segunda vez, poucos meses depois, também no Corujão e em 2020, eu assisti o começo e, como já sabia o final, não tive paciência de assistir ao filme todo. Até porque não dá para engolir aquele final.
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