Brasil.
Segunda-feira, 20 de julho de 2020.
04:30 a.m.
Esse livro, em muitos aspectos, me lembrou a história que a atriz Lília Cabral interpretou na novela A Força do Querer, em 2017.
Não sei muito sobre as duas histórias e a publicação delas, mas se a história da personagem da Lília Cabral na novela não tiver sido inspirada na história desse livro...
Acho que quem assistiu a novela não tem como não associar a novela com o livro e vice-versa.
Algumas diferenças que eu notei foi que a protagonista do livro morava com a mãe, que morava com ela havia mais de 20 anos, após ter se mudado para São Paulo para morar com a filha, depois de ter se separado do marido, pai da protagonista, e na novela, a personagem da Lília, Silvana, nem tinha mãe ou pelo menos esta não aparecia, ela era casada com um homem, Eurico, interpretado pelo ator Humberto Martins e/com quem tinha uma filha recém-adulta, Simone, papel de Juliana Paiva, que ainda morava em casa com os pais, no livro, ela tinha uma filha de 22 anos, na época em que a história com a jogatina de bingo começou, que já morava sozinha, em busca de independência. No livro, ela tinha uma filha, recém-adulta, o que nessa parte assemelha-se com a novela, só não morava mais com ela em casa.
Escrita em forma de diário, como o próprio título já diz, a história ou o relato do livro começa em setembro de 1998, página 7, e vai até janeiro de 2009, que começa na página 69, indo até a 71, penúltima página do livro, pelo menos assim é no meu exemplar. Sendo um relato a cada ano, desde 1998, passando por cada ano do início dos anos ou da década 2000, até chegar a 2009. Só que a história não é contada como se a personagem principal estivesse pouco a pouco vivendo aquele momento difícil em sua vida num presente momento e registrando no diário, apesar da história ter começado a acontecer há 21 anos, mas a história é contada como se a personagem-título estivesse no presente falando do passado, escrevendo em seu diário a partir de lembranças do que viveu.
Apesar de contar uma história triste, eu amei o livro, tenho carinho por ele, mas isso é principalmente pela forma com que o adquiri, com que ele veio parar em minhas mãos. Achei uma história leve, sobretudo nas duas primeiras páginas. Amei a forma com que o livro é narrado, calma e leve, foi como se eu tivesse sido transportada, tanto para dentro da história e pudesse ver tudo o que é mostrado ali, as descrições sobre o salão do local onde o bingo é jogado, quanto para o tempo sobre o qual a história é contada.
O livro possui diversos erros bobos de digitação, talvez e imagino, que seriam resolvidos com uma boa revisão. Uma crítica que faço.
Ganhei o livro num sorteio promovido pela editora Paulinas em fevereiro de 2018, que veio junto com outro livro, chamado O Tempo de Deus, do Frei Aldo Colombo, e na verdade eu só participei desse sorteio no qual eu teria ganhado dois livros, mas que ganhei três, principalmente por causa do livro O Tempo de Deus, eu quis ganhar ele, nem foi tanto por causa de Diário de uma (ex-) Jogadora. O terceiro livro, O Psicopata - Um Camaleão na Sociedade Atual, foi um erro (ou talvez não, já que eu acredito que nada nesse mundo acontece por acaso) que aconteceu: Na caixa, veio o livro O Tempo de Deus e era para ter vindo junto Diário de uma (ex-) Jogadora, no lugar dele colocaram O Psicopata, que nem fazia parte do sorteio; eu entrei em contato com a editora para comunicar, que gentilmente, me enviou Diário de uma (ex-) Jogadora, que chegou pelo Correio alguns dias depois, e me disse que eu poderia ficar com o outro livro que não fazia parte do sorteio. E eu nem fui a sorteada original dos livros. Uma outra participante havia sido sorteada, mas como ela não seguiu todas as regras, fizeram um novo sorteio no qual eu fui a nova sorteada.
O livro é um relato pessoal da própria autora, que precisou de ajuda para vencer a compulsão por jogos.
O livro faz um alerta para quem entra em um bingo pela primeira vez esperando encontrar diversão. Pode ser no começo, mas pode acabar se tornando um vício logo depois.
Informações [extraídas do livro] sobre a autora: Ana Rita nasceu em Marília, cidade do interior do estado de São Paulo, onde cursou História e iniciou a carreira de jornalista, como repórter no jornal O Correio de Marília. Mudou-se para São Paulo na década de 1970 e, depois de passar pelas redações de alguns jornais e revistas, trabalhou como redatora publicitária em agências de propaganda. Atualmente, escreve roteiros para vídeos empresariais e documentários.
~Cartas da Gleize. 🕮